Carregando...

Acompanhe as últimas notícias sobre contabilidade nas principais áreas.

Notícias

PIX substituiu 2 bilhões de transações mensais em dinheiro vivo

Esse crescimento se deu sobre as transações que eram realizadas totalmente em dinheiro.

A disseminação do uso do sistema de pagamentos instantâneos PIX é simbólico da transformação digital do sistema financeiro – ressaltado em uma ferramenta que funciona em regime permanente, a qualquer hora, qualquer dia. Mas como apontado no 3º seminário Tecnologia Bancária, realizado pela Network Eventos em Brasília, o PIX agregou mais de 2 bilhões de transações mensais. A substituição foi pequena sobre os serviços legados.

“São 2,2 bilhões de transações por mês, o que canibalizou mais ou menos 100 milhões de transações dos demais meios de pagamento. Houve alguma migração de TED, boleto, cartão de crédito, débito, mas marginal. Boleto caiu 30 milhões por mês. TED caiu 70 milhões. Os dois juntos são 100 milhões. Cartão crédito e débito não, zero. Aliás, está crescendo, com alguma recuperação da economia. De outro lado, o PIX aumentou 2,2 bilhões de transações”, aponta o diretor executivo de inovação, produtos e serviços bancários da Febraban, Leandro Vilain.

Esse crescimento, acredita o executivo, se deu sobre as transações que eram realizadas totalmente em dinheiro. “O Brasil tinha um problema. Tem um estudo de 2014 que mostrava que 40% do PIB era transação em dinheiro, um número muito alto, com reflexos também de sonegação, de desbancarização. Mas o fato é que 40% do PIB das transações era em dinheiro em espécie. Em Portugal é 18%. Na Itália, 20%. E no Brasil, 40%. Então, se olho o PIX, 2,1 bilhões eram transações que seriam feitas em dinheiro”, diz Vilain.

Para o diretor da Febraban, a própria substituição dessas transações em dinheiro para digitais já garantiu ganho substancial ao sistema financeiro, mesmo com as transações de pessoas físicas sendo gratuitas. “Isso é uma vitória gigantesca da sociedade, com bancarização, com redução de custos para os bancos. E não cobrar não quer dizer que é mal negócio. Antes, tinha um gasto anual de R$ 10 bilhões só com logística de numerário, sem contar a segurança. Esse número provavelmente caiu. Seguramente caiu. Caiu a movimentação em agências bancarias, temos quedas de até 40% no volume das pessoas. Permite transformar a agência em um negócio de maior valor agregado, não para sacar dinheiro. São muitos aspectos positivos.”