Notícias

Apesar da preocupação com a crise financeira global, que diminuiu os recursos disponíveis para empréstimos, a tendência é de manutenção das taxas de juros em crédito consignado para aposentados, pensionistas e trabalhadores da iniciativa privada em 2009. "O ano de 2009 vai ser de muita preocupação, porque temos uma crise gravíssima que vem entrando no Brasil, não totalmente, mas com algumas consequências", afirmou o presidente da ABBC (Associação Brasileira de Bancos), Renato Oliva. De acordo com ele, o próximo ano deve ser de prudência e, por isso, a demanda por crédito será menor. Em uma piora do cenário econômico, o que acontece é que os brasileiros tomam menos empréstimos, o que vai equalizar com uma menor quantidade de recursos para emprestar. INSS Em relação aos aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), ele afirmou que "não vai ter subida na taxa de juros", que está em 2,5% ao mês, "muito boas, se comparadas com outras alternativas no mercado". "A melhor notícia para aposentados e pensionistas em 2009 seria retornar a liberdade para usarem os 30% de margem consignável com o empréstimo. Hoje só pode usar 20%, enquanto os outros 10% têm que ser usados com o cartão, que tem dificuldade de penetração entre a terceira idade", explicou Oliva. No começo deste ano, o INSS publicou regras para a concessão dos empréstimos, sendo uma delas a queda do limite de endividamento de 30% do total recebido mensalmente no banco para 20%. Já para as operações com cartão de crédito, o limite concedido é de 10% do valor do benefício. Iniciativa privada Segundo o presidente da ABBC, o maior potencial de crescimento do empréstimo consignado continuará sendo a iniciativa privada em 2009. Por isso, os bancos vão se esforçar nesse setor. "Os juros estão mais ou menos estabelecidos, porque o setor privado, quando oferece o empréstimo consignado, é um benefício do RH para os funcionários, então é difícil dizer que as taxas de juros são altas. Taxas médias devem permanecer em 2,5% ao mês", disse Oliva. O que retém a taxa de juros, de acordo com Oliva, é que os bancos estão se esforçando para aumentar a qualidade da operação, para diminuir os custos administrativos, que aumentam os juros. "Essa é a leitura para 2009", finalizou.